quarta-feira, janeiro 20, 2010

ÁS ÁRVORES

Entre muitos desleixos da administração municipal que se vê no dia-a-dia de uma capital como Porto Alegre, além da sujeira, cheiro de urina pelas calçadas e tudo mais, está à falta de cuidado com as árvores. Basta você passar pelas praças e ruas da capital para comprovar.

Nesta terça-feira, 19, pela manhã aconteceu um fato que, inclusive, foi matéria nos noticiários dos jornais, rádios e televisões. Uma árvore da espécie jacarandá da Praça da Matriz talvez já centenária, com mais de 10 metros de altura caiu sobre seis veículos que estavam estacionados sob sua sombra causando um prejuízo considerável para seus proprietários, principalmente para um deles que não possuía seguro.
A Meriva do ex-prefeito de São João da Urtiga, Verildo Zanin, ficou completamente destruída, ou seja, houve perda total. Imaginem um tronco de aproximadamente dois a três metros de diâmetro e pesando mais de uma tonelada cair sobre um veículo, o estrago que deu. No momento não ventava, só chovia. Certamente com o peso da água da chuva e já fragilizada pelos anos, sua queda foi inevitável. Se uma ou mais pessoas estivessem no interior da Meriva, fatalmente teriam morrido ou ficado gravemente feridas.

Mas, eu dizia que há um descaso do setor de parques e jardins do município. Na Praça da Matriz, para ficar só nela, se você olhar detalhadamente para as árvores ali existentes já envelhecidas vai concordar que realmente o desmazelo e o relaxamento no cuidado com elas são de dar dó. Eu não sou botânico ou técnico no assunto, mas acho que não se pode deixar, por exemplo, uma árvore ser tomada por parasitas. Ou por outra, por aquelas ervas trepadeiras que sufocam o tronco e chegam até os galhos mais altos. Não sei! Talvez esteja dizendo uma tolice. Pois todas as árvores da Praça da Matriz estão com problemas de envelhecimento, falta de cuidado, de poda, de eliminação dos galhos apodrecidos etc. Pois o miolo do jacarandá que caiu estava recheado com concreto, para poder mantê-la hígida, por fora era só a casca.

Enquanto estávamos no local como tantos curiosos lastimando o ocorrido, um desconhecido perguntou:

- Por que não se pode processar a árvore pelo prejuízo causado?

Sabe que é uma boa pergunta!

O outro curioso que estava próximo respondeu:

- Se você processá-la não vai acontecer nada, não tem como responder por isso. A árvore é um ser irracional, o máximo que ela pode fazer é da próxima vez cair sobre a sua cabeça!

Houve uma risada geral. Mas, também pudera!!!!!

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