terça-feira, janeiro 26, 2010

O APITO DO TREM
Estava observando a relação dos trechos considerados prioritários no País para estudo de viabilidade para o transporte ferroviário de passageiros, e não encontrei o trecho Erechim/Marcelino Ramos, como se chegou a cogitar, para a exploração turística da Região do Alto Uruguai.Na relação constam no Rio Grande do Sul apenas Bento Gonçalves a Caxias do Sul e Pelotas a Rio Grande, o restante está distribuído nos estados do Paraná, Sergipe, Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo, Bahia, Piauí e Maranhão.Cada um destes projetos receberá R$ 400 mil para a análise de viabilidade do modal ferroviário para passageiros.
No ano passado o assunto chegou a ser ventilado com bastante ênfase, mas não tenho a informação se o assunto evoluiu.Em comentários anteriores cheguei a opinar sobre a importância do retorno do trem em Erechim para uma possível ligação com as cidades de Gaurama, Viadutos até Marcelino Ramos, como uma atração para a exploração do turismo na região.
A distância entre os dois municípios ponta é de cerca de 70km e propicia uma viagem agradável, passando por vales e viadutos. No fim da viagem os turistas podem usufruir das águas sulfurosas de Marcelino Ramos, cada vez mais visitadas por turistas de todo o Estado e país. Nas estações intermediárias (Gaurama, Viadutos e distrito de Baliza) onde haveriam paradas, os viajantes poderiam adquirir produtos coloniais e de artesanato, movimentando a economia dessas comunidades.Não há indústria (sem chaminé) mais rendosa e lucrativa do que o turismo desde que bem estruturado. E Erechim, como os demais municípios por onde passa a ligação ferroviária, bem que poderiam motivar essa iniciativa que não é nova.
Este é um movimento para os poderes executivo, legislativo, empresários e lideranças comunitárias estimular.Nesta hora faz falta o Sebastião Alves Teixeira, um lojista e ex-presidente do CDL, grande incentivador do turismo na região que faleceu sem ver este empreendimento ser realizado.Enquanto isto fiquemos com a lembrança das marias-fumaças da década de 50 que ao chegar no Bairro Esperança apitavam: piúúúúúú... piúúúúú... e todo mundo corria para a gare da Viação Férrea. Acho que valeria a pena tentar reativar o trem.

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