terça-feira, abril 06, 2010

FOI LATROCÍNIO OU EXECUÇÃO

Afinal foi crime latrocínio ou execução? Enquanto o Ministério Público diz ter certeza que a morte do secretário Eliseu Santos foi por encomenda a Polícia, ao contrário, afirma que o assassinato foi por latrocínio (matar para roubar). Com quem está a razão? É complicado!Nessa discussão toda que veio a público, um dado chama a atenção: por que a Polícia não indaga dos elementos presos se o crime foi praticado com a intenção de roubar o automóvel do secretário, ou teve um mandante nessa história?Somente eles podem esclarecer se, de fato, foram eles por iniciativa própria, já que eram especialistas em roubar carros e pertenciam a uma quadrilha, ou há alguém interessado e que os contratou para o serviço.Diante dessa discussão toda, fica a sociedade atônita, confusa, porque na sua grande maioria leiga, pouco entende da rotina jurisdicional e fica cada vez mais confusa com celeuma levantada. Pode até ser comum ocorrer discordâncias entre MP e Polícia em determinadas circunstâncias. O que é, ao contrário, incomum, é o debate de um assunto que deveria ficar restrito entre as corporações evitando-se que passe para a opinião pública o atestado de incompetência da nossa Polícia. Aliás, é o que uma grande maioria está pensando, quando pesquisas interativas são realizadas por órgãos de comunicação da capital (Rádio e TV) dando razão a tese do Ministério Público, isto é, que o crime foi encomendado.O colunista Paulo Santana, de Zero Hora desta terça-feira, traz um dado curioso a respeito dos dois acusados presos. Ele comenta: “A curiosidade é saber-se se na Justiça, agora, se os dois matadores vão falar. E se vão dizer que não havia mandantes ou se havia.No dia que eles falarem sobre isso, os jornais no dia seguinte estamparão manchetes a respeito, insinuando que foi esclarecido o crime”.No final, Santana afirma: “E uma outra curiosidade: se os dois matadores admitirem na Justiça que houve mandantes – e essa declaração for aceita -, a pena que eles sofrerão será menor que a de latrocínio, crime de pena mais grave. Ou seja, a curiosidade, seria um caso em que o criminoso teria a possibilidade de arbitrar a própria pena, para menor”.Em síntese, o que houve e o que se depreende das notas publicadas em jornais tanto do Ministério Público como da ASDEP – Associação dos Delegados de Polícia do Estado, é que os delegados reclamam dos membros do MP, que estariam tentando desmoralizar o trabalha da Polícia. Por outro lado, os promotores estranhando com a posição da Polícia Civil de tentar desfazer as novas provas produzidas contra os réus, quando deveria ajudar a solidificá-las. Mas tudo isso é briga de lobos, e lobo não come lobo.

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