sexta-feira, abril 16, 2010

AINDA O ELETROCUTAMENTO E A LUTA DOS APOSENTADOS POR AUMENTO

A mídia da capital continua centrada no caso do eletrocutamento do jovem de 21 anos de idade, Valtair de Oliveira, que morreu em uma parada de ônibus na Av. João Pessoa em Porto Alegre.
A prefeitura chamou para si a responsabilidade. Afinal o que realmente aconteceu? Qual a verdadeira causa da descarga elétrica?
O Departamento de Criminalística já sabe o que causou a fuga de energia elétrica responsável pela descarga que matou o estudante, mas não divulga.
O local continua interditado até segunda ordem. O ônibus que me leva de casa para o trabalho passa pela Av. João Pessoa. Desde o terminal da Av.Ipiranga de onde provenho até o fim da linha na Av. Salgado Filho passo por cerca de umas 15 paradas. Pois, ontem pela manhã chamou-me a atenção o comportamento das pessoas que aguardavam nas paradas, nenhuma delas se apoiava ou encostava-se à estrutura de metal.
Outro jovem também morreu em acidente de moto, ocasionado pela incúria do poder público. O DMAE realizou uma obra e não concluiu o acabamento da pista, deixando no local pedras britadas espalhadas pela pista. A moto derrapou e o motociclista foi jogado ao solo tendo ferimentos graves que o levaram a morte.
Então, quando se fala que o serviço municipal oferecido à população tem problemas a prova aí está.

Já tenho me manifestado sobre a proposta que tramita no Congresso Nacional, que trata da extinção do fator previdenciário, e há mais tempo afirmara que as esperanças de ver aprovado o projeto do senador Paim haviam acabado. Não foi, na ocasião, um pensamento negativista ou desesperançado, foi realista. Lula – dizia eu – nunca gostou de aposentado e cheguei a reproduzir uma entrevista que ele deu ao SBT na época em que era candidato. A entrevista do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva em 1989, para o Silvio Santos no SBT prova quanto Lula foi falso para com os aposentados, ele queria ver os aposentados brasileiros como os aposentados europeus, que podiam passear e viajar. E agora no governo dele com essa política perversa, os aposentados não têm dinheiro nem para comprar remédio.
O projeto está na Câmara para ser votado. Duvido e faço pouco se os deputados apreciarão essa matéria antes das eleições. Duvido!
Outro projeto em tramitação na Câmara quer dar ao aposentado que ganha acima de um salário mínimo aumento de 7%, ou até 8%. Lula já disse que vai vetar.
E o terceiro projeto que também não vai passar é o que isenta da contribuição ao INSS, o aposentado que continua trabalhando.
Só a isenção da contribuição poderá ampliar o déficit da
Previdência Social em algo entre R$ 10 bilhões e R$ 14 bilhões, segundo cálculos do ex-ministro da Previdência Social, José Cechin, que atualmente é superintendente do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar. A previsão de déficit para este ano é de R$ 50,7 bilhões. E a situação das contas públicas poderá ficar ainda mais complicada caso seja aprovada emenda ao projeto que prevê a devolução das contribuições feitas desde 1991. A contribuição vai de 8% a 11%, dependendo da faixa salarial, até o máximo R$ 3.416,54.
Temendo que a proposta ganhe ainda mais simpatizantes, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) avisou hoje que vai entrar com um recurso na Casa para fazer com que o projeto, aprovado em caráter terminativo na CAS, passe antes pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) para depois seguir para a Câmara. "Não tem sentido um rombo desse tamanho", frisou Jucá.
Para técnicos do governo, o número de Cechin é exagerado. O ex-ministro explicou que considerou nos seus cálculos a existência de dois a três milhões de aposentados no mercado de trabalho - seja com carteira assinada ou não. “É possível que esse impacto seja um pouco inferior", afirmou o ex-ministro, acrescentando que, independentemente disso, a aprovação desse projeto será nefasta para as contas da Previdência.
Segundo Cechin, muitos trabalhadores brasileiros se aposentaram muito jovens e, portanto, não há condições de livrar os aposentados que continuam trabalhando da contribuição previdenciária "No
Brasil, muitas pessoas ainda se aposentam muito cedo e não contribuíram o suficiente. Para tentar ajustar esse desequilíbrio, o governo criou essa contribuição. É um remendo. Um imposto cobrado dos aposentados que voltam ao mercado de trabalho", destacou o ex-ministro.
O senador Paulo Duque (PMDB-RJ) explicou em seu relatório sobre o projeto que a iniciativa não trata de renúncia de receita. "Não se pode falar em renúncia de receita num contexto em que simplesmente o que está sendo cobrado não deveria sê-lo", destacou.
Volto a repetir: só quero ver para onde vai o voto do aposentado nas eleições presidenciais!!!!

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