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SALÁRIO VITALÍCIO 

O deputado Luciano Azevedo, PPS, anunciou que em fevereiro pedirá apoio da OAB do Rio Grande do Sul ao projeto que extingue as pensões vitalícias de governador do Estado. Aliás, uma idéia que ganha aplausos da sociedade gaúcha à medida que faz justiça, se comparar-mos com aqueles servidores que ficam 10, 15, 20 anos desempenhando funções de confiança (CCs) ao serem exonerados.

No Rio Grande do Sul, seis ex-governadores (Jair Soares, Antônio Britto, Olívio Dutra, Amaral de Souza, Alceu Collares e Germano Rigotto) recebem R$ 24,1 mil por mês. Leonel Brizola, Synval Guazzeli e Euclides Triches, receberam pensão até morrer. O único que abdicou do salário foi o senador Pedro Simon (PMDB). O interessante é que nenhum deles está mal financeiramente. Significa dizer que a turma da teta vai bem e continua engordando cada vez mais.

O que a mesa da Assembléia Legislativa deveria discutir e aprovar é um prêmio para os que exercem Cargos de Confiança no Governo. Eu já falei neste assunto e volto a comentar. É uma injustiça que o Estado faz contra aqueles que permanecem à disposição de um parlamentar 24h por dia, de segundas a domingos, feriados, dias santificados, e ao cabo de vários anos de obediência e submissão levar um pontapé no fundilho, sem direito a nada. Têm estados em que o governador assumiu por dez dias e está ganhando pensão vitalícia. Isto é um escárnio, uma bofetada na cara do contribuinte. Tem de acabar.

Estava lendo nos jornais de hoje, não é só aqui não que ex-governadores continuam mamando nas tetas do governo. No Pará, Ana Júlia Carepa (PT), engrossa a lista dos mamadores. Os ex-governadores do Paraná, Roberto Requião (PMDB), de Santa Catarina, Leonel Pavan (PSDB), Moreira Franco e Marcelo Alencar, do Rio de Janeiro todos estão “tchutchando” como dizem os italianos no úbere do Estado. É por isto que não sai a reforma política neste país.

Teve um ex-governador gaúcho que disse: os ex-chefes do Executivo devem manter o padrão de vida. É, ou não é, um deboche!