segunda-feira, janeiro 24, 2011

CONSELHÃO
Sempre ouvi dizer que quando não se quer que algo funcione, principalmente no setor público, nomeie-se uma comissão de preferência com vários membros. Pois o que o governador Tarso Genro está propondo é não assumir o Estado e dividir com a sociedade os ônus e os bônus do período em que estiver a testa da administração estadual.
Os jornais de hoje divulgam a notícia da formação do que denominou-se chamar de Conselhão. São 85 integrantes de diferentes áreas da sociedade com o objetivo, como o próprio nome já diz, de assessorar o governador.
Não é que se queira ser contra os convidados a participar do Conselhão, ou da idéia. O que se questiona é pra que tanta gente: 85. Não vai funcionar!
Na organização do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social já estão escalados profissões mais representativas: 17 empresários, 8 professores universitários, 8 agricultores, 5 advogados, 5 economistas e executivos, 4 produtores rurais, 3 médicos, 3 pecuaristas, 3 religiosos e 2 servidores públicos. Tem setores, por exemplo, que já se manifestaram magoados por não fazer parte do Conselhão.
O deputado da região do Alto Uruguai, Gilberto Capoani, (PMDB), é uma das vozes na Assembleia Legislativa que opina com certa reserva sobre a formação do Conselhão. Ele disse que o órgão, se de fato for criado, será uma ameaça ao Legislativo como uma forma de enfraquecê-lo.
Acho que o parlamentar tem razão, pois “que deputado poderia contestar um projeto já aprovado pelas representações sociais?” – indaga. Isto chama-se tática do constrangimento.
Porque o Cpers não faz parte do Conselhão? Interessante!
E a OAB e Brigada Militar?
Penso que a idéia de Tarso Genro só vai lhe trazer dissabores, aliás, já está dando dores de cabeça por deixar de fora várias categorias importantes. Como ficam os outros órgãos de assessoramento do governador? Certamente constrangidos, como pretende fazer com a Assembléia Legislativa.

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