terça-feira, janeiro 11, 2011

QUE DIFERENÇA
Não faz muito tempo a TV-Bandeirantes mostrou em uma série de reportagens a maneira como é a política e os políticos na Suécia. Muito longe da exercida no Brasil. A reportagem mostrou o verdadeiro extremo entre o país estrangeiro em questão, ou seja, a Suécia, e o Brasil. A situação é tão antagônica que o procedimento adotado na Suécia parece um absurdo.
Primeiro: Prefeitos e governantes na Suécia não têm direito à residência oficial. Deputados estaduais e vereadores recebem quantias módicas, que não chegam a R$ 300 por mês, sem direito a gabinete e trabalham em casa. As pessoas que se candidatam a cargos políticos vivem da profissão ou ocupação onde já atuam, e quando eleito para representar o povo, cumprem o mandato desta forma, simplesmente, sem altos salários, sem se tornarem "políticos profissionais". Exatamente o oposto que ocorre aqui, quando a maioria esmagadora dos candidatos pretende "seguir carreira", com objetivos uníssonos, ou seja, aproveitar-se da oportunidade e fazer o possível para levar vantagem com o cargo, os subsídios e todas as vantagens oferecidas com o dinheiro público, onde o povo paga a conta. Por isso existe a miserabilidade no Brasil e em tantos outros países, com a péssima distribuição de renda, onde "políticos engomadinhos" ficam com uma bela fatia do dinheiro que poderia ser utilizado para extirpar toda a pobreza existente. Isso não é utopia, pode ser feito! Mas não querem!
Em relação a "farras aéreas", na Suécia isso também não acontece, e assim, reportagem sobre escândalos de casos de uso de dinheiro público para "patrocinar" viagem pelo país ou até ao exterior, com dinheiro público, e ainda, com políticos que querem levar toda a família, não fazem parte do noticiário sueco. Longe disso! Na Suécia nenhum deputado tem direito a cota de passagens. Todas as viagens devem ser marcadas pela agência de viagens do Parlamento, e nenhum político estará garantido no cargo se cometer atitude ilícita, por menor que seja. Além disso, a Suécia não oferece imunidade a seus políticos, coisa também bem diferente aqui no Brasil. Para se ter uma idéia do rigor, uma deputada utilizou o cartão coorporativo para comprar uma barra do famoso chocolate de nome "Toblerone" e perdeu o mandato.
Enquanto isso, no BRASIL (está escrito em preto negritado, como forma de protesto), a roubalheira é geral. Pode tudo, se faz tudo, se oferece tudo! Governantes podem desviar dinheiro sem medo, desde que façam bem feito. Enquanto na Suécia os políticos não empregam parentes como assessores, sem necessidade de lei contra o nepotismo, aqui no Brasil foi necessária a criação de lei para coibir tal prática. Ainda assim, tentam fazer o tal do "nepotismo cruzado", ou seja, quando um parlamentar emprega o parente de outro palarmentar.
Ontem me enviaram via internet uma reportagem em vídeo que além de mostrar as imagens a repórter narra o seguinte : “A Suécia ainda é uma monarquia. O Rei perdeu todos os poderes políticos. A classe política não tem direito a luxo nem privilégios. Deputado federal na Suécia em apartamentos funcionais de 40m². O único cômodo serve de sala e quarto de dormir. Tem espaço suficiente para os parlamentares viverem na capital durante a semana – diz a chefe do setor. Nenhum dos apartamentos funcional tem mais de um guarda-roupa. A lavanderia é comunitária e os deputados têm que marcar hora na agenda para lavar a roupa suja. Alguns deputados têm ainda menos espaço: 18m². Até a cozinha é comunitária, não há empregados e as regras são rígidas. Deixe tudo Limpo! É o que diz um cartaz.
Até a década de 90, apartamentos funcionais nem existiam na Suécia. Os parlamentares dormiam em sofás-cama no próprio gabinete no Parlamento. Nenhum parlamentar tem secretária e assessor parlamentar e nenhum deputado tem direito a carro com motorista.
A residência oficial do primeiro ministro tem 300m², mas não há empregadas Para cuidar das tarefas domésticas. O porta-voz do governo diz que o primeiro ministro passa suas próprias camisas e lava a roupa”.
Transcrevi esta reportagem para mostrar a discrepância existente entre países com culturas diferentes.

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