quinta-feira, abril 09, 2009


HOLOCAUSTO BRASILEIRO

Dizer que o setor de saúde deste país é caótico, vergonhoso, desumano, atroz, bárbaro é muito pouco.
O que um repórter da RBS descobriu esta semana foi fantástico!
Uma pessoa doente e necessitando de uma consulta com ortopedista só poderá ser atendida daqui a 125 anos, porque esta especialidade só atende – segundo a Central de Marcação de Consultas de Porto Alegre – 15 pacientes por ano, ou seja, uma pessoa por mês.
Nem na Biafra africana existe tratamento semelhante.
É impossível que as três esferas governamentais, União, Estado e Município, não saibam desse descalabro!
A notícia ganha repercussão na medida em que os demais órgãos de comunicação estampam a informação. O jornal Diário Gaúcho editado na Caíotal dos gaúchos assinala que 1.875 pacientes estão na fila para serem atendidos por um médico ortopedista no município de Viamão, e não conseguem. Isto é mais que um holocausto, é muita impiedade.
Presidente Lula, por favor, assim fica difícil sustentar que o senhor realmente protege os fracos e necessitados, e que a política social de seu governo é justa e humana.
O que está acontecendo com os doentes da cidade de Viamão, encostado á Porto Alegre, que precisam ser tratados por médicos ortopedistas é de doer o coração.
São pessoas na sua grande maioria trabalhadores, alguns deles com problemas de locomoção, ameaçados até de perderem seus empregos pelas faltas ao serviço.
Eu gostaria de saber o que faz numa situação dessas o prefeito, o secretário municipal da saúde, o governo do Estado, a secretaria de estado da área da saúde, o Ministro da Saúde.
Presidente Lula, ajuda aí!
Este caso de Viamão é apenas a ponta do iceberg. Tem gente na fila para fazer cirurgia com joelhos, tornozelos e braços arrebentados, praticamente aleijados pela falta de atendimento, e ninguém assume essa tragédia.
Sinceramente, o que está acontecendo em matéria de saúde no município de Viamão já ultrapassou todos os limites da vergonha e do descalabro.
A gente ainda não viu tudo em se tratando de saúde pública.

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