terça-feira, dezembro 07, 2010

EU CONHECI TEIXEIRINHA
Transcorria a década de 50 quando conheci Vitor Mateus Teixeira, Teixeirinha, mal iniciava minha vida profissional na Rádio Erechim, quando ele apareceu com seu violão e durante algum tempo conviveu com a população animando bailes, promovendo shows e mantinha, inclusive um programa na Rádio Erechim as duas horas da tarde.
Foi, talvez o início de uma brilhante carreira. Não sei porque quando se fala em Teixeirinha ninguém diz que ele passou por Erechim, teve suas namoradas e fãs marcando o início de sua ascensão no mundo musical.
Por falar em namorada, conta o hoteleiro Hely Parenti, que Teixeirinha chegou a ser seu hóspede. Naquele tempo o seu estabelecimento além do quarto, café da manhã, também oferecia o serviço de restaurante. Para aliviar sua despesa, Teixeirinha conquistou os amores da cozinheira que, após servir o almoço aos hóspedes lhe alcançava pela janela do hotel um completo com o qual o cantor se alimentava. E o que é importante, sem pagar.
Apesar do famoso apresentador de televisão Flávio Cavalcanti não gostar das letras e músicas de Teixeirinha, tendo na época se tornado um crítico mordaz de suas composições, Vitor Mateus Teixeira promoveu o Rio Grande do Sul tornando-o mais conhecido musicalmente do que já era.
Mais tarde teve ligações com Passo Fundo. Em 1957 chegou a explorar um “Tiro ao Alvo” que era cuidado por ele e a esposa. Á noite se apresentava na Rádio Municipal da cidade.
A primeira gravação em disco 78 RPM de Teixeirinha foi em 1959 e a música Xote Soledade, em homenagem a sua cidade e no verso, Briga no Batizado. Esta gravação chegou a vender um milhão de cópias. Daí em diante o cantor gaúcho foi somente sucesso. Ingressou depois no cinema tornando-o mais famoso ainda. Durante sua carreira gravou mais de 700 músicas, todas elas de sua autoria, além de ter produzido 12 filmes e ganhou nove discos de ouro.
Teixeirinha morreu a 4 de dezembro de 1985 e seu corpo está sepultado no Cemitério da Santa Casa, em Porto Alegre onde em todos os dias de finados é muito visitado. Seus fãs se reúnem e cantam suas músicas relembrando o famoso artista gaúcho.
Quer queiram ou não, Vitor Mateus Teixeira foi um ícone da nossa música regionalista. A cidade de Passo Fundo, que tornou-se a terra do coração do cantor tributou-lhe uma homenagem eterna, erigindo em uma de suas principais avenidas, um monumento feito com sucatas e metais diversos, pelo artista plástico Paulo Siqueira.
Já se passaram 25 anos de sua morte.

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