quarta-feira, dezembro 22, 2010

DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
A doação de órgãos continua sendo um gesto ainda não bem aceito pela sociedade que, em bom número rejeita esse tipo de solidariedade humana. Não sei o porquê. Uma vez morto, a terra irá mesmo consumir o corpo e consequentemente os órgãos que poderá salvar e/ou prorrogar por vários anos a vida de um nosso semelhante.
Do ponto de vista religioso não poderá haver preocupação, pois a igreja não proíbe.
É muito fácil e rápido se tornar um doador. Não é preciso deixar nada por escrito, apenas uma comunicação verbal já é o suficiente. Informe a sua vontade para a sua família,
já que apenas eles podem autorizar a remoção de órgãos e tecidos para doação.
Nos últimos anos, muitos avanços ocorreram na área de transplantes no Brasil, impactando no crescimento de 40% no número de doações. Entretanto, o país ainda tem um grande desafio pela frente, pois o número de doadores é significativamente menor do que a necessidade de órgãos para transplantes. Neste momento, cerca de 60 mil pessoas aguardam uma doação em uma fila que parece não ter fim. Para reverter esses números, o envolvimento da sociedade é fundamental. Hoje, a desinformação e o preconceito são as principais barreiras.
As manifestações de vontade de ser doador após a morte que constavam no RG e na CNH perderam validade. Em muitos casos, por desinformação, as pessoas se negavam a ser doadoras sem ao menos ter refletido sobre o assunto, que é de extrema importância.
A doação dos órgãos só ocorre após ser confirmada a morte encefálica (perda total e irreversível das funções do encéfalo). Porém, o paciente deve ter o coração batendo com o auxílio de aparelhos. Trata-se de óbito ocasionado, na maioria das vezes, por trauma craniano (acidentes de trânsito, queda de altura ou arma de fogo), derrame cerebral ou tumor cerebral. Em vida, é possível doar rim, parte do fígado, do pulmão, do pâncreas e a medula óssea. Após o óbito, com o consentimento da família, podem ser removidos córneas, coração, pulmões, rins, fígado, pâncreas, pele, ossos e válvulas cardíacas.
Um único doador tem a possibilidade de salvar ou melhorar a qualidade de vida de mais de 20 pessoas. Hoje, 80% dos transplantes são realizados com sucesso.
Doenças sexualmente transmissíveis, com exceção do HIV, não contraindicam a doação de órgãos, mas podem impedir a doação de tecidos e de sangue.
No Brasil, são considerados de rotina transplantes de órgãos (rins, coração, fígado, pulmão e pâncreas), tecidos (córneas, válvulas cardíacas, ossos e pele), células (medula óssea) e sangue.
O tempo exato de espera para o transplante difere de estado para estado. O renal, por exemplo, demora mais de três anos. A lista de espera por um pulmão é renovada anualmente, uma vez que a maioria das pessoas falece sem conseguir um doador.
Anualmente, 12 mil brasileiros apresentam morte encefálica e 50% deles poderiam ser doadores. Porém, no ano passado, apenas 1.317 (11%) se tornaram doadores efetivos.
O Brasil tem o maior programa público de transplantes do mundo. O Sistema Único de Saúde (SUS) arca com as despesas da maioria dos transplantes realizados no país.
Agora que você já sabe mais sobre doação de órgãos e tecidos, que tal se tornar um doador? Espalhe essa mensagem e ajude milhares de pessoas que precisam de um transplante.
Na minha casa todos já sabem, o dia que eu me for, façam bom uso do que me resta. Se for para salvar a vida de meu semelhante tirem-me tudo, o que for necessário.

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