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ELES MESMOS AUMENTAM OS SEUS SALÁRIOS

Como não bastassem os 15 salários que ganham anualmente (dois a mais que os trabalhadores) os deputados estudam a possibilidade de antes do Natal preparar o seu próprio presente: aumentar seus salários em 61,83% e reajustar também o salário do presidente da República em torno de 133,96%.

Esta notícia está em todos os jornais do país. O projeto já está pronto e relatado, só falta ir a plenário e votar. Nunca se viu tanta velocidade para aprovar matéria de tão alta relevância: reajustar os próprios salários. Para o trabalhador brasileiro e aposentado as discussões até chegar aos finalmente levam meses e meses! Pra eles não, em menos de uma semana está tudo pronto e aprovado!

Pelo projeto cada parlamentar vai ganhar R$ 26.723,00 o mesmo ganho pelos ministros do Supremo Tribunal Federal - teto do funcionalismo público.

A aprovação do projeto, que entrará na pauta do plenário entre terça e quarta-feira, significará um aumento no salário da presidente eleita Dilma Rousseff de mais de R$ 15 mil em relação ao que é pago hoje ao presidente Lula. Lula ganha R$ 11.420,21 brutos, o menor salário entre os chefes dos três Poderes. Os deputados e os senadores recebem R$ 16.512 - mas embolsam 15 salários por ano -, e o vice-presidente e os ministros ligados ao Executivo ganham R$ 10.748.

A propósito de aposentados da Pevidência, o senador Paulo Paim em entrevista a Rádio Pampa de Porto Alegre na semana passada disse que vai continuar na luta contra “essa grande injustiça que é o fator previdenciário, que se apropria de receita dos trabalhadores e, na hora de restituir esses valores, o faz de forma irregular, pagando bem menos do que deveria para os aposentados”.

Na entrevista o senador gaúcho disse que o fator previdenciário é um instrumento que existe apenas no Brasil, e só para a classe dos trabalhadores. Paim prometeu publicamente pela Rádio Pampa redobrar a luta para que no Congresso e no Executivo a proposta do fim do fator previdenciário seja vitoriosa. Ainda segundo ele, acredita que a futura presidente Dilma Rousseff “vai se tornar aliada desta tese”.

Essa eu quero ver!