PERDI O MEU DR.
Quando a gente está longe do domicílio só se fica sabendo das notícias da cidade onde nascemos pelo jornal ou telefone.
Ao abrir o jornal na terça-feira fui surpreendido com a notícia do falecimento do médico Reno Viero, diretor técnico da Fundação Hospitalar Santa Terezinha de Erechim desde 2005 por ato do então prefeito Eló Zanella.
A morte do Dr. Reno colheu familiares, amigos, colegas e pacientes de surpresa, pois aconteceu de maneira súbita em sua própria residência após um dia de trabalho e da sua costumeira caminhada nos fins de tarde. A causa da morte foi uma parada cardíaca fulminante sem que houvesse possibilidade de reabilitá-lo, mesmo contando com o socorro imediato dos familiares e amigos médicos. Todo o esforço foi infrutífero, não houve chance.
Compartilhei por longos anos da vida íntima do Dr. Reno desde quando era estudante de medicina na UFRGS, assim como, testemunhei por várias vezes as dificuldades enfrentadas até conquistar o diploma em 1965, e compor como um dos mais novos integrantes da equipe de médicos do Hospital de Caridade, onde iniciou sua brilhante carreira de cirurgião.
Devo a ele estar vivo até hoje. Lá pelo ano de 1981 fui acometido de uma violenta e inesperada crise de vesícula. Chamado ás pressas e confirmado o diagnóstico lá fui eu para a sala de cirurgia. Lembro muito bem após ter me recuperado da anestesia, já no quarto, suas explicações e a mostra de um vidro contendo os cálculos biliares. Era uma pedraria incrível! Uma das pedras tinha o tamanho de uma bolita de gude.
- Se demorássemos mais tempo, você já era. Sua vesícula estava em adiantado estado de necrose, e prestes a romper.
Definiu-me sinteticamente que em medicina necrose é o estado de morte de um tecido ou parte dele em um organismo vivo. É um processo patológico e desordenado causado por fatores que levam à lesão irreversível do órgão e conseqüente morte do tecido.
Depois destas explicações, brincando comigo, afirmou: já que você estava aberto, aproveitei e fiz uma revisão completa no seu organismo. “Os teus órgãos são de um guri”. E desde então nunca mais senti absolutamente nada e graças à Deus gozo de boa saúde.
Filho de tradicional família, o Dr. Reno Viero era especialista em cirurgia-geral pela Associação Médica Brasileira, membro do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, da Sociedade Brasileira de Proctologia, do Departamento de Cirurgia da Amrigs e Associação Médica Brasileira.
Casado com Jaqueline Caron, deixa os filhos Reno, Roberta, Renata e Renan.
Na missa de sétimo dia vou estar presente espiritualmente para pedir á Deus que lhe conceda o descanso eterno, afinal ela era “um cirurgião de alma e fazia de tudo pelo doente”.
Quando a gente está longe do domicílio só se fica sabendo das notícias da cidade onde nascemos pelo jornal ou telefone.
Ao abrir o jornal na terça-feira fui surpreendido com a notícia do falecimento do médico Reno Viero, diretor técnico da Fundação Hospitalar Santa Terezinha de Erechim desde 2005 por ato do então prefeito Eló Zanella.
A morte do Dr. Reno colheu familiares, amigos, colegas e pacientes de surpresa, pois aconteceu de maneira súbita em sua própria residência após um dia de trabalho e da sua costumeira caminhada nos fins de tarde. A causa da morte foi uma parada cardíaca fulminante sem que houvesse possibilidade de reabilitá-lo, mesmo contando com o socorro imediato dos familiares e amigos médicos. Todo o esforço foi infrutífero, não houve chance.
Compartilhei por longos anos da vida íntima do Dr. Reno desde quando era estudante de medicina na UFRGS, assim como, testemunhei por várias vezes as dificuldades enfrentadas até conquistar o diploma em 1965, e compor como um dos mais novos integrantes da equipe de médicos do Hospital de Caridade, onde iniciou sua brilhante carreira de cirurgião.
Devo a ele estar vivo até hoje. Lá pelo ano de 1981 fui acometido de uma violenta e inesperada crise de vesícula. Chamado ás pressas e confirmado o diagnóstico lá fui eu para a sala de cirurgia. Lembro muito bem após ter me recuperado da anestesia, já no quarto, suas explicações e a mostra de um vidro contendo os cálculos biliares. Era uma pedraria incrível! Uma das pedras tinha o tamanho de uma bolita de gude.
- Se demorássemos mais tempo, você já era. Sua vesícula estava em adiantado estado de necrose, e prestes a romper.
Definiu-me sinteticamente que em medicina necrose é o estado de morte de um tecido ou parte dele em um organismo vivo. É um processo patológico e desordenado causado por fatores que levam à lesão irreversível do órgão e conseqüente morte do tecido.
Depois destas explicações, brincando comigo, afirmou: já que você estava aberto, aproveitei e fiz uma revisão completa no seu organismo. “Os teus órgãos são de um guri”. E desde então nunca mais senti absolutamente nada e graças à Deus gozo de boa saúde.
Filho de tradicional família, o Dr. Reno Viero era especialista em cirurgia-geral pela Associação Médica Brasileira, membro do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, da Sociedade Brasileira de Proctologia, do Departamento de Cirurgia da Amrigs e Associação Médica Brasileira.
Casado com Jaqueline Caron, deixa os filhos Reno, Roberta, Renata e Renan.
Na missa de sétimo dia vou estar presente espiritualmente para pedir á Deus que lhe conceda o descanso eterno, afinal ela era “um cirurgião de alma e fazia de tudo pelo doente”.
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